sábado, 16 de agosto de 2008

...

Nao ha muitas palavras para escapar ao cliche de dizer que nao tenho palavras....
Cheguei ao fim(?) destes ares. Cheia como um balao.
Vivi e vi mais e mais espectacularmente do que alguma vez podia ter previsto.
Hora de regressar... Como se faz isso(mesmo depois de se ter chegado)?

(obrigada aos fofos que nunca deixaram de 'estar' comigo)

martes, 5 de agosto de 2008

final countdown

A mel já foi. A minha mae já foi. Agora é a casa que se fecha, lavados os solos e tapados os moveis. O proprietario chega daqui a uma hora para fechar o contrato e nos por a andar.

E depois, é a minha vez.

Depois de idas mais-que-muitas ao aeroporto de ezeiza a levar outras almas deste ano de Buenos Aires, a proxima será a minha ida, e depois de encerradas muitas contagens decrescentes de outros e outras coisas, de repente comeca a minha propria - e é tao curta!!

Um ano de demasiadas coisas enfiado já em duas malas em excesso de peso(!) e 9 dias para as despedidas de quem fica (quase ninguem, sou das teimosas resistentes da velha guarda) e dos lugares - nao é descabido??

Nem sei para onde me virar. Ontem já tive o meu primeiro ataque de histeria, quando recebi um soco no estomago do meu quarto vazio, branco, nao pertencente a ninguem, já.

Enfim, coisas que passam!

É bom saber que ha pessoas desse lado que contam os dias por mim (és o maior, mart!!)

até já.... Quase!!

sábado, 2 de agosto de 2008

A queda de um Anjo

(que para os que nao sabem, é o titulo de um livro do Camilo Castelo Branco - clara alusao jocosa ao titulo de honoravel professora de portugues e amante das letras da visada. E como caiu o ''anjo''!! Aqui estao, o prometido é devido!)





ai, o que uma filha tem que aturar...*suspiro*


Quem nao tem cao...

Há os que tem gatos em casa. E há os outros.

(um lama de estimacao, com direito a chá e tudo)

viernes, 1 de agosto de 2008

Patagonicas 1

O amanhecer no lago Argentino - que se chama assim, porque tem um extraordinário azul, e entre ele e o céu limpo que os primeiros exploradores encontraram, estava a montanha nevada: as cores da bandeira, portanto.

Um barco ao estilo petroleiro-chic, a vaguear entre glaciares e outros gelados flutuantes - um titanic, em ousadia.

A paleta de cores é real e é de outro mundo - a Patagónia. Os azuis sao furiosos, os cinzentos espelhados, e os brancos, imensos.

Patagonia, parte I: os Glaciares.

























domingo, 27 de julio de 2008

sinal de vida na bunda do mundo

Sim, estamos vivas!!
Depois de uma chegada emocionante com direito a chorinho rapido e disfarcado, e com uma extraordinaria reviravolta climaterica, que parece ter sido quase de proposito (os 5 de maxima e o ceu cinzentao deram lugar a um explendido sol de 20 graus e uma cidade mais iluminada, mais bonita... e com permissao a almocos e submarinos na esplanada), là iniciamos, a francisquinha e eu, a temporada.
Cinco dias calmos em Buenos Aires (ando a cuidar bem da miuda, ainda nao a meti numa festa-ao-estilo-selvagem-erasmus, e os horàrios recomendaveis sao cumpridos com mais ou menos precisao), e nao sem que a sua alma de Mae viesse a superficie (era eu virar as costas, e là se punha a pequena a esfregar, limpar, varrer... atè uma esfregona e balde respectivo para o lar!! *suspiro* Hà coisas que sao mesmo da natureza, que è que se ha de fazer?), là partimos por fim para as Jornadas do Fim do Mundo.
Do Fim do Mundo nao, que nao là chegamos: os nevoes da Patagonia, depois de nos terem obrigado a esperar em plena pampa por corte de estrada (nem se viam as linhas), cortaram-nos tambem o caminho a Ushuaia, o dignissimo Cu do Mundo - ou mais cortezmente, a ciudade mais a sul do planeta.
Mas se nao chegamos a extremidade maxima da dita Bunda, pelo menos na sua area de identificacao estamos - quero eu dizer, SIM, estamos nos confins da Terra, mais a Sul do que alguma outra vez; onde o sol nasce as 9h30 da manha e as 5 jà è noite. E onde o ceu parece estar colado a cabeca, como um tecto mais baixo (surgem receios sindrome asterix-abracursix).
Tudo està branco - lembra a Uyuni, com diferentes razoes Naturais - e as casas tem estes telhados de terra de duendes; as aldeias parecem pequenas caixas de toblerone, com iguais formas e mais cores, a ressaltar no Branco imenso.
È estranho ver tanta neve e tanto inverno a altitude zero - sao de facto impressionantes as paisagens por estes confins.
Por cà andamos, a ver icebergs, glaciares, lagoas geladas (onde se pode caminhar!!), picos nevados...
Outro mundo, a Patagonia no seu estado puro: o seu inverno. O real frio a entrar nos ossos, os nevoes a cortar caminhos, tudo branco como num postal, as cidades fantasma pela falta de turistas nesta altura do ano, ... E apesar dos contratempos (buses que no saiem, caminhos que nao podem ser caminhados, nevoes que sobem ate aos joelhos, cafes que estao fechados-e-a-gente-precisava-agora-era-de-uma-beberagem-revigoradora, uma gela de arrepiar as cartilagens e a alma, a rocar o desespero-quero-uma-cama-quentinha-e-ficar-la-todo-o-diaaaa, etc...) vale tao mais a pena conhece-la assim; a real Patagonia, como ela è mais bonita.
Temos fotografias extraordinarias.
Mas isto è so uma nota de sinal de vida, e pra mais tarde as imagens reais - aguardem, queixos, que vao cair!!

Cà vos deixo, por agora: dia 29 voltamos a civilizacao, e depois disso, prometo informes detalhados!!


ps: foram registrados alguns momentos fotograficos da Francisquinha em grandes tralhos&trambolhoes no gelo, incluindo umas em que figura no meio do chao agarrado a duas jovens arvores, que certamente tem o seu crescimento comprometido! Aguardem proxima comunicacao, hehe!!

domingo, 13 de julio de 2008

de repente e do nada...

Iamos nós tranquilas pelas ruas de san Telmo, quando de repente...

Ok, o som nao presta. E a imagem também não. Umas palavras de esclarecimento que evitem comentários tipo ‘’e…??’’ ou ‘’não percebo porque é que isso mereceu um post, não deves ter mesmo nada para dizer’’.
Parece que todos os loucos de todas as esquinas de San Telmo – esses talentosos e solitários percussionistas assinalados por um djambé e um gorro no chão virado contrario – se reuniram espontaneamente em Defensa e Chile, e o povo aderiu ao impulso e a festa.
Um passeio calmo pelas ruas de san Telmo, um fim de tarde tranquilo, e de repente… Uau.
As ancas decidiram ceder a batucada, e compôs-se a marcha.
Senti-me numa festa de luau, numa praia perdida caribeña. Só que estamos em Buenos Aires, é inverno, e este costuma ser um bairro sossegado.
Quem perguntava se era esta uma cidade híbrida?

Estas coisas, estes impulsos, estes 'do nada'...

Ë Buenos Aires. Duvidas??
E sim, guardei a câmara e juntei-me a festa!!